Por que o drama sul-coreano D.P. (Dog Day) deveria ter mais reconhecimento?

Nayce Isabella (Icee)
9 de jul. de 2024
2 min de leitura

Atualizado: 24 de jul. de 2024

"D.P. (Dog Day)" é um drama sul-coreano focado em um soldado designado para uma unidade especial chamada "Deserters Pursuit" (Perseguição aos Desertores)

Com uma mistura de drama humano, crítica social e um olhar íntimo sobre o impacto do serviço militar na vida dos jovens, 'D.P Dog Day' é uma série que explora questões profundas de identidade, moralidade e camaradagem. Jung Hae-in, desempenha o papel de Jun-ho, o soldado encarregado da unidade especial que busca por desertores do serviço militar na série sul-coreana. Sua função é capturar soldados desertores do serviço militar.

Foto: Divulgação/Netflix

Crítica Social

O drama critica o exército coreano, mostrando os abusos físicos e psicológicos sofridos pelos soldados. Em seu enredo o exército é estruturado pela violência.

Mesmo com todas as barbaridades sofridas e presenciadas principalmente por aqueles sem estabilidade própria, ou algum apoio de alto escalão, os militares de funções elevadas continuam as suas vidas, fazendo vista grossa e ignorando. O exército acaba com o psicológico dos soldados de tal forma que o faz explodir, e sucumbir aquela tortura. O medo, aflição e principalmente a culpa se torna pura raiva e ressentimento.

Ciclo vicioso

O drama mostra sobre cultura da hierarquia tóxica na Coreia. Um superior humilha outro companheiro simplesmente porque é superior. Da mesma forma, aqueles que foram vítimas se tornam agressores. Criando um círculo vicioso de violência.

A atmosfera mostrada no drama é real e terrível. Não somente a violência física, mas também o assédio físico e emocional, destruindo as vítimas brutalmente. D.P Dog Day enfatiza que a própria organização militar é o monstro que torna as pessoas assim. Eventualmente todos podem ser vítimas e agressores.

Desertores ou vítimas do sistema?

D.P Dog Day humaniza os desertores, mostrando uma nova perspectiva para aqueles que são rotulados como vilões e homens desonrados. Jun-ho persegue desertores, e no processo ele enfrenta o absurdo do exército através da história dos desertores.

Ao longo da série, Jun-ho confronta os desafios éticos e emocionais de seu trabalho enquanto interage com os desertores e aprende sobre suas razões para abandonar o serviço. Ele também enfrenta dilemas pessoais relacionados ao serviço militar obrigatório na Coreia do Sul.